pitomba verde
quinta-feira, novembro 27, 2003
pode um raio cair duas vezes num mesmo local?

vi numa revista semanal aí, não me lembro qual, um episódio inusitado. há algum tempo um homem pulou de um prédio na avenida copacabana no rio. seu corpo estava em queda livre - é um momento curto e trágico, mas, não acham bonito um corpo caindo caindo caindo....? mas bem, estava caindo caindo caindo quando atingiu um vendedor de cachorro-quente, que havia atravessado a rua para trocar 10 reais. frustra-se a beleza do corpo em queda.

semana passada uma tresloucada pulou de um prédio, na mesma copacabana avenue, e dessa vez frustrou-se a beleza do corpo com uma mulher que caminhava ao lado de sua mãe e seu filho. uau. isso que é coincidência não?

volto agora os olhos pra um possível exemplo inserido no nosso ecossistema recifense. que a mim parece formar-se no horizonte uma "oportunidade imperdível" para o elemento incerteza que permeia tudo o que existe (e o que não existe) brincar com nossos sentimentos. sacam? se não, vejamos...

há quase um ano atrás, minha banda (suellen) tocou num bar que reunia os "alternativos" de plantão. estávamos com nossa formação original, ultra-afinados e empolgados, fazendo shows, gravando, compondo, bebendo, e outras coisas mais. O CLIMA TAVA BOM!

então o clima mudou...

nosso baixista entornou doses e doses de uísque, e não conseguia parar de tocar sugarcube, e não conseguia afinar o baixo, não conseguia manter-se em pé, não conseguia cantar, e me olhava o tempo todo com aquela CARA DE RAPARIGA resmungando quase pra si mesmo "tou bêbado", até que garotas extraordinárias trouxeram café, e nosso guitarrista convidado afinou o baixo. mas não parou por aí: uma caixa deu problema, o microfone caiu em cima do público, todos da banda ficaram putos e nervosos e a banda terminou do mesmo modo como começou - com bebida e inconseqüência. aahh, mas foi inesquecível...curto e trágico!

então, meus queridos, é hora de voltarmos a fazer um show, depois de muitas, muitas mudanças. reatamos nosso namoro, temos um baterista novo depois da dolorosa separação forçada com o 2dan, novas canções, novas (e antigas!) discussões, alguns progressos, e ooooohh, é bom poder constatar que algumas coisas não mudam e que (ho ho ho) a prática leva ao vício. em outras palavras, e sem querer ser repetitivo, O CLIMA TÁ BOM!

mas bem, essa merda toda é pra dizer que o show vai ser mesmo às 21h nessa sexta 28, depois de muita confusão sobre datas e horários, e que, exatamente agora, ando acompanhando as previsões do tempo pra hora do show, com um certo receio. após muito tempo sem esse costume, vou rezar essa noite pra, se cair uma tempestade nessa porcaria de show, que seja curta e trágica. e bela.
terça-feira, novembro 25, 2003
chandelle alpino!!!!

é...então vamos ver que tipo de coisa direi aqui. "é um diário virtual, mesma coisa". nestes tempos de natal eu digo "ho ho ho", é que não é mermo...

eu lembro que por volta dos meus 10 anos eu me debruçava sobre meu diário "real", no qual eu escrevia toda e qualquer besteira que acontecesse comigo. puta merda, haja besteira. e é tão óbvio que era idiotice que eu não queria mostrar pra ninguém aqueles instantâneos de vida, sob minha ótica de garotinho. agora temos um diário "virtual", e parece que tenho que arrumar o tipo de besteira que outros possam ler. AMOR? apropriado para todas as ocasiões, não? não???? "that's all about love, kid!". então vou colar um texto que foi cuspido de um incidente com um amigo meu - nada muito convincente, mas ainda assim não me lembro de histórias de amor convicentes.

Acordei nu, lambuzado, mas ela não - ela dormia ao meu lado, vestida, e em nossa volta havia a desgraça da noite anterior, copos virados, duas garrafas de vinho secas, cigarros e mais cigarros, e cinzas. Tava de saco cheio dela. Tava enojado. Naquele instante, olhava pra ela e via que não dava, não dava, era de vomitar, tudo, seu olhar, sorriso, modo de vestir o jeans, jeito de falar ao telefone, a previsibilidade de merda. Aos poucos o dia foi tomando forma, e quanto mais palavras eu trocava com ela, maior era minha náusea. Sem beijos. Um almoço inodoro, incolor, eu era um estranho pra ela. A situação era um crescendo‚ que cada vez mais cheirava a tragédia. No meio da tarde, após uma sessão de cinema tosca, ela quis, como toda mulher, discutir a relação, mas eu não podia vomitar em cima dela assim. Ela percebeu. Fim de noite a deixei em casa, sem beijos. Minutos depois, dirigindo de volta pro meu apartamento, recebi uma mensagem pelo telefone: "foi bom te conhecer, espero que você seja feliz, etc", essas coisas. Parei o carro e mandei-lhe um "OK". Fui tomar uma cerveja antes de dormir. A náusea passou logo em seguida.

ho ho ho
e quanto ao chandelle alpino...não sei se adianta mas, garota, você é maravilhosa assim.
segunda-feira, novembro 24, 2003
como anunciado...

trabalho / amor
trabalho / amor
trabalho / amor
eu sei onde tudo vai dar


"these words i write keep me from total madness." charles bukowski

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