pitomba verde
sábado, fevereiro 28, 2004
95.2 - 02.2

hoje havia uma nostalgia no ar, nesse dia nublado. saindo tarde da cama, após essa doença de carnaval, sinto-me tão vazio. sinto saudade da faculdade, sabe, sentar lá atrás, no quinto período, de chinelo e bermuda, e olhar pra mr. m, perto daquele janelão por onde o sol entrava tão desengonçado, e vê-lo sorrir e dizer "vamo ali", e eu indo sem querer saber o porquê. caralho, de repente bateu uma puta saudade. e a cultura do laguinho? hein? mr. d, mr. f, mr. y, mr. e e todos mais? sexta era beber vinho e tocar violão na beira daquela porra daquele lago, e foi cada história, putz, lá que o suellen nasceu. sabem por que não sabemos explicar direito a origem do nome da banda? porque távamos bêbados quando surgiu essa merda de nome, e, depois, quando nos inscrevemos pra nos apresentar na bienal da une, e fomos questionados sobre o nome da banda, o querido mr. m (que não foi, hahaha, pra bienal e não viu, hahaha, yo la tengo ao vivo) prontamente sacou um "suellen" do bolso, muito cheio de truques esse mr. m. depois disso não conseguimos arranjar coisa melhor, tamanha nossa criatividade. depois mr. b entrou pro círculo (circo) e de lá pra cá vocês sabem. sete anos naquela federal. foram fases e fases e fases e fases. conheci pessoas realmente extraordinárias. eu sinto saudade dos bons tempos com ms. c também, devo admitir, bons tempos sempre ocorrem. o que diabos se deve fazer com a vida? é só viver...? ignore a pergunta, é bem melhor.

acho que sou muito apegado ao passado, mas não ao ponto de achar que o melhor já passou, isso é morte em vida. sou apegado como um pai que olha seu filho dormindo, beija-lhe a face e apaga a luz. então ainda agora fui remoer uns caderninhos, onde eu anotava coisas das aulas, muito desajeitadamente, e onde, nos momentos de distração, ou quando as coisas na sala ficavam realmente sacais, eu escrevia baboseiras freneticamente. tem muita coisa. mr. b, tem até uma declaração sua, nos tempos áureos de lesbian hunter. não vou pôr agora aqui, mas vou dar o gostinho de como começa: "eu sou podre, velho...". uau, eu fico feliz de ter escrito certas coisas. é um outro tipo de fotografia, sacam? até melhor, pra mim. então vou terminar esse blablablá e vou pôr uma coisa dessas escritas em algum frenesi de sala de aula:

caso você perceba que está sendo sincero, negue-se. negue-se até o fim. jamais vire escravo de sua sinceridade, ainda que tê-la possa ser uma qualidade. ser sincero por pura vontade é uma tolice e uma falta de espírito experimentalista. é precipitado. honesto sim, sincero não. negue-se e torne-se imprevisível a si mesmo e assim sua sinceridade naturalmente revela-se aos outros, e, o que é melhor, sem despertar desconfiança. construa suas idiéias à medida em que alimenta o sentimento de destruí-las. destrua-nas e as reconstrua até que elas se tornem ou não parte de você, em definitivo, sejam falsas ou verdadeiras, você não poderá distinguir de fato.

é isso aí, my fellows, foram aulas realmente produtivas. beijos a todos.
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"these words i write keep me from total madness." charles bukowski

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