pitomba verde
segunda-feira, janeiro 31, 2005
há, definitivamente, tardes ensolaradas. não dá pra negar. elas existem, sim, e, mesmo aqui, na grande recife, as folhas ficam mais verdes e as árvores sorriem. é que não sentem, nesses dias, tanta inveja das moças viçosas demandistas de sombras e homens, moças de saias e camisetas cujas cores brincam mais com vento e com espaço. espetáculo de se olhar, de sorrir. e o olhar? e o olhar que se derrete todo, de tão feliz em ver o mar? e que com berros acordam corações dormentes, em tardes como essa? elas existem, sim, e em olinda, durante janeiro e fevereiro, elas dão à luz uma patota de domingos amarelos imbatíveis, repletos de turquesas e tijolos maduros, comestíveis, sabor de pimenta, coco, cócoras e camarão. domingos que fazem todos os outros domingos do ano cheirarem a aço, chuva, vômito e concreto. todas sonsices, soslaios, sussurros e carícias - nada falta, nessas tardes, onde apaixonados fazem coisas belas e simples, eternas para eles. assim poucas palavras bastam, pelo simples fato de o sol ter feito as pazes com as nuvens e estar ali, feliz que só ele, reinando do alto. há, definitivamente, tardes ensolaradas.
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"these words i write keep me from total madness." charles bukowski

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